BLOCO CAFUCU DO CERRADO
O Cafuçu do Cerrado é um jovem bloco pré-carnavalesco anual que desfila em Brasília sempre no Setor Bancário Norte no domingo, uma semana antes do carnaval. As raízes do Cafuçu do Cerrado estão arraigadas na cultura carnavalesca paraibana e pernambucana, que baseiam-se nas troças: orquestras que tocam frevos, marchinhas de carnaval e outras músicas típicas.
Por inserir-se num universo brega, o diferencial do bloco é justamente a irreverência dos seus foliões, denominados Cafuçus e Cafucetas. Cafuçu é um neologismo criado no Brasil, usado geralmente para designar uma pessoa brega, sem classe. Fisicamente pode se referir a pessoa de feições grosseiras, feia. Normalmente cafuçu também é utilizada para definir algo de mal gosto, muitas vezes estéticamente incoerente. Portanto, neste bloco os cafuçus e cafucetas vestem-se de forma extremamente brega: cordões de “ouro”, camisa florida e calça de oncinha são o que há de mais chique.
A troça oficial do bloco é o Mafafreboi, formada por um grupo de 18 músicos profissionais com origens em diversos Estados do Brasil, (Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Alagoas, Pernambuco e o Distrito Federal) e todos são residentes em Brasília há mais de 15 anos. Em seu repertório, é possível ouvir gêneros como: Frevo, Coco, Xote, Baião, Ciranda, Maracatu, Catira, Xaxado, Choro, Samba-Pisado, Cavalo-marinho, Tambor de Criola, Cacuriá, dentre outros. Todos em uma leitura instrumental de Orquestra de Sopro, como toda boa troça carnavalesca deve ser.
Esquentando o público com a sua bateria insandecida, contamos ainda com o Patubatê, grupo que surgiu em Brasília, em 1999, com influência dos trabalhos dos norte-americanos Stomp e Blue Man Group e Hermeto Pascoal. O grupo Patubatê alia criatividade à valorização dos ritmos brasileiros. Os músicos já levaram seus shows performáticos a todos os estados do Brasil e alguns países como Estados Unidos, Portugal, Espanha, Polônia e Continente africano. Nas mãos dos músicos do Patubatê, sucata não é lixo, é música. Os materiais utilizados têm um destino muito curioso quando chegam ao alcance dos músicos do grupo Patubatê. Toda esta sucata vira instrumento musical.