O Bloco Tuthankasmona surgiu da iniciativa de um coletivo de amigos que desde 2014 produziam eventos culturais no Distrito Federal voltados principalmente para o público LGBTI. Após constatar uma defasagem de eventos carnavalescos voltados especialmente a essa comunidade, o coletivo, que até então não possuía nome, resolveu criar em 2016, um bloco de carnaval de rua LGBTI, surgia então o Bloco Tuthankasmonas.

Em 2015 realizamos a 2a Edição da Festa das Noivas cujo o tema foi lua de mel no Egito. Com o sucesso de público e a repercussão obtida, resolvemos criar o bloco de carnaval LGBTI com temática egípcia.

Se faz necessário lembrar que o número de assassinatos de LGBTs cresceu 30% entre 2016 e 2017, neste último ano a cada 19h um LGBTI foi assassinado no Brasil. O bloco tem como mote a criação de um espaço de respeito e segurança a população LGBTQIA+ no carnaval de rua de Brasília. Um espaço de alegria e acolhimento, mas também um espaço de ocupação política, de existência e resistência.

Em seu primeiro ano o bloco saiu durante o pré-carnaval, no gramado lateral do Teatro Nacional. A escolha da locação visava chamar a atenção para esse espaço cultural que se encontrava fechado, e com urgente necessidade de reestruturação e reabertura à ocupação cultural, além de remontar sua arquitetura icônica às formas piramidais do antigo Egito, tema do bloco. O público estimado no primeiro ano foi de cerca de 5 mil foliões.

Em 2017, em seu segundo o ano, o bloco também foi para as ruas uma semana antes do carnaval, porém em outro local, no Setor Bancário Norte, em frente ao Edifício Central dos Correios. Neste ano, superando todas as estimativas de público, o bloco movimentou cerca de 16 mil foliões.

Em 2018 o bloco deixou o pré-carnaval para sair no sábado de carnaval unindo forças com o bloco feminista Essa Boquinha Eu Já Beijei. Os dois blocos saíram juntos no gramado da FUNARTE com estimativa de público de cerca de 50 mil foliões.