O poeta brasilense Manu Montenegro lança dois livros neste sábado

Por Manu Montenegro

Meu dia preferido é sábado. Sempre foi. O primeiro dia livre da semana. Antigamente, era o primeiro dia livre da escola, livre de acordar cedo pra aula, livre de dormir preocupado com prova. Hoje, é o primeiro dia livre do trabalho. Não por acaso, o Carnaval elegeu esse dia – o Sábado de Zé Pereira – o primeiro dia da folia!

No Sábado sai o Cordão do Vai Quem Fica. Faça chuva ou faça sol, desfila há seis carnavais entre alamedas sombreadas do plano piloto. Ao som dos metais, do batuque e das nossas vozes, o cortejo lembra à gente que Brasília é um imenso jardim e que não precisamos de muita coisa para celebrar a vida, a beleza e o direito de ser feliz. Na nossa tocata itinerante, animamos os moradores dos apartamentos (e das ruas), transeuntes, trabalhadores, crianças de todas as idades. A pé, passamos reto nos postos de combustível – não sem tirar um sorriso de frentistas.

Com só seis anos de vida, começa a dar cria. O lançamento gemelar dos livros de poesia Boemia Suicida e Corda Bamba, (que eu, Manu Montenegro, assino) tem a genética do Vai Quem Fica. A exemplo do nosso cordão, as obras também foram feitas à mão, costuradas como cada música é ensaiada e decorada, uma a uma. O sucesso da empreitada depende do sucesso da mobilização dos corações e mentes de quem é parceiro na missão. Há custos envolvidos, claro, mas quase tudo é pendurado na conta do amor, pois a economia é a do presente(ar).

Pois então sábado a gente vai pra rua lançar os livros. Sábado agora, nove de junho (9/6), de quatro da tarde em diante, na pracinha da comercial da 107Norte. Com música pra ouvir, dançar, delícias de comer e beber, falando poesias, provando fantasias, vamos fazer da praça o nosso cantinho no mundo. Como se fosse o carnaval.

Tive pensando:
já pensou se o Vai Quem Fica chega lá do nada e bota todo mundo pra fanfarrear na pracinha?