Morreu na noite desta segunda-feira, dia 16 de abril, Dona Ivone Lara, um dos principais nomes do samba no Brasil, aos 97 anos, em decorrência de um quadro de insuficiência cardiorrespiratória. A cantora estava internada em um hospital na zona sul do Rio de Janeiro desde a última sexta-feira, data de seu aniversário.

Dona Ivone nasceu em 13 de abril de 1921, em Botafogo, no Rio. Perdeu os pais cedo, de quem recebeu as primeiras influências musicais. Foi criada pelos tios, período em que aprendeu a tocar cavaquinho e desenvolveu seu amor pelo samba. Formou-se em Enfermagem e atuou como assistente social até 1977, quando passou a dedicar-se somente à música. Casou-se com Oscar Costa, presidente da escola de samba Prazer da Serrinha, com quem teve dois filhos, Alfredo e Odir, este último morto em 2008.

Considerada a ‘Dama do Samba’, Dona Ivone foi a primeira mulher a fazer um samba-enredo numa escola, o Cinco Bailes da História do Rio, em 1965. Suas composições foram gravadas por intérpretes como Clara Nunes, Roberto Ribeiro, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Paula Toller, Paulinho da Viola, Beth Carvalho, Mariene de Castro e Roberta Sá e Dorina. Entres suas composições de sucesso estão Sonho Meu, Sorriso Negro e Alguém me avisou.

Em 2010 Dona Ivone foi a homenageada na 21ª edição do Prêmio da Música Brasileira. Em 2015, entrou para a lista 10 Grandes Mulheres que Marcaram a História do Rio.^[5]

Dona Ivone morreu no dia 16 de abril de 2018 em consequência de um quadro de insuficiência cardiorrespiratória após permanecer internada por três dias no Centro de Tratamento e Terapia Intensiva (CTI) da Coordenação de Emergência Regional (CER), no Leblon, Rio de Janeiro. O velório aconteceu na Quadra da Império Serrano, sua escola do coração, em Madureira, na Zona Norte da cidade. O enterro de Dona Ivone aconteceu no Cemitério de Inhaúma, no Rio de Janeiro.

Fonte: El País